Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "Me Chama na Hora"
Breves comentários
para quem quer um pouco mais
Quando o Xando Zupo me convidou para ingressar na nova banda que estava montando, já havia uma série de músicas que estavam sendo trabalhadas. Uma delas era "Me Chama na Hora".
Sua estrutura inicial era baseada num belo riff de guitarra, remetendo ao Hard-Rock, mas logo na parte B, cantada, o swing da Soul Music se fazia presente.
E havia também o conceito de que essa música mesmo sendo independente, tinha um elo de ligação com outra música, chamada "Se agora eu pulo fora". Tanto foi assim, que no CD, ambas estão colocadas em sequência para que o ouvinte tire as suas conclusões quanto às suas similaridades no tocante à temática das respectivas letras.
No meu caso específico, evoquei minhas influências da Motown, Stax e quetais, imprimindo uma linha de baixo que não deixava dúvidas de que a Black Music estava ali fazendo seu convite claro aos ouvintes : Vamos dançar...
Com o desenvolvimento do arranjo, um interlúdio instrumental foi acrescentado, onde o Rodrigo contribuiu muito bem com suas intervenções aos teclados. Um lindo solo de mini moog, trouxe a dose de Funkadelic que ornou como uma luva ao tôdo da música.
E a ideia da batucada de escola de samba, veio do Xando, percebendo que essa junção ficaria perfeita, se mesclada à parte do riff de Hard-Rock. E ficou mesmo, trazendo a brasilidade com muito môlho.
Uma das raras críticas negativas que recebemos (para dizer a verdade, creio ter sido a única na mídia escrita), veio de um blogueiro que definiu essa faixa da seguinte forma : "Pink Floyd misturado ao Zeca Pagodinho..."
Uma opinião radical de quem não leva em consideração o fato de que o Rock sempre foi aberto à experimentações de todo o tipo, a começar pelos Beatles. E em se tratando de Rock brasileiro, isso desqualificaria o trabalho dos Novos Baianos ?
Ouça "Me Chame na Hora" e nos responda...
(Luiz Domingues)
Me chama na hora
(Zupo)
Me chama na hora que o teu inverno chegar.
Quando tudo passou e a gente se assusta,
com o tamanho da história que já dá pra contar.
Eu vejo um filme.
Uma história que nunca acabou.
E quando tudo passou e a gente se assusta.
E se é pro inferno ou pro céu que vão me levar,
que vão te levar, que vão nos levar.
Eu quero tanto te dizer que hoje eu sei que eu não sei
te dizer não.
Eu quero tanto saber se quando me vê também treme
ou te falta o chão ?
Ahhh
Ou, me chama na hora que o teu inferno passar.
O inferno passou e ainda te assusta.
Eu faço a canção, que vai te lembrar.
Que eu quero tanto te dizer que hoje eu sei que eu não sei
te dizer não.
Eu quero tanto saber se quando me vê também treme
ou te falta o chão ?
Ahhh
O Blog passou a ser o site oficial do Pedra. O endereço continua o mesmo - www.pedraonline.com.br.
Se você não conhece a banda leia e ouça aqui que Pedra é essa... http://www.pedraonline.com.br/2012/12/pedra.html
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "Vai Escutando"
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "Vai Escutando"
Breves comentários para quem quer um pouco mais
Quando a banda iniciou atividades, o Xando já tinha essa música composta e com arranjo praticamente definido na cabeça. Claro, com os ensaios, mudanças e acréscimos foram sendo colocados e o bolo que já era bom, ficou no nível de uma confeitaria chic.
Aqui a estória é o Soul/R'n'B com muito swing.
No decorrer dos ensaios, surgiu a ideia de uma ponte instrumental que eu considero muito dançante, pelo swing envolvido e o Rodrigo foi muito feliz nas suas intervenções aos teclados, tanto nos timbres, quanto nas frases que criou.
Na parte final, o Xando acrescentou uma menção à música do Chico Buarque,"Partido Alto". E nela, o clima fica mais brasileiro, com sutis influências da MPB, além da destacada participação do Xando que criou uma intervenção de guitarra com muitos efeitos extremamente criativos, que chamam a atenção não só de nossos colegas músicos, mas também do público leigo.
Destaco a participação do nosso técnico, Renato Carneiro, na gravação dessa música, principalmente no tocante ao timbre do baixo. Realmente ele alcançou um nivel de excelência enorme e essa faixa virou referência para todas as demais , inclusive na gravação do Pedra II. O ronco do Fender Precision ficou um espetáculo.
Nos primeiros tempos do Pedra, "Vai Escutando" costumava ser a segunda música executada nos shows ao vivo. E dava para notar na platéia um clima muito favorável logo nos primeiros acordes que tocávamos.
(Luiz Domingues)
Vai Escutando
(Zupo)
Sabe, eu não devia reclamar de nada.
Eu já sabia aonde levaria essa estrada.
Mas já tava há tanto tempo sem saber
pra onde ir.
Sabe, aconteceu mais de um milhão de coisas.
E, numas tantas eu já sei, que marquei touca.
E que às vezes minha fala já não é das mais atuais.
Mas é que quando a gente quer tudo do fundo do coração.
Chega até a doer e perde a noção.
Vai escutando.....
Sabe, quando eu penso forte eu chego a ir,
tão perto e tão distante do que sempre quis.
Mas tem um diabo que insiste que meu lugar é aqui.
Mas é que quando a gente quer tudo do fundo do coração.
Chega até a doer e perde a noção.
Sabe, eu não devia reclamar de nada....
Eu não devia reclamar de mais nada.....
Eu não reclamo de mais nada.....
*Diz que deu, diz que dá, diz que Deus dará....
Diz que Deus dará.....
Diz que deu, diz que dá, diz que Deus dará....
E se Deus negar ?
Diz que deu, diz que dá, diz que Deus dará....
Como é que vai ficar ?
E se Deus negar ?
Como é que vai ficar ?
* Trecho da letra de "Partido Alto " de Chico Buarque de Hollanda
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "Só"
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "Só"
Breves comentários para quem quer um pouco mais
O Xando nos recepcionou um dia em sua casa com uma boa nova : " Estou com uma música nova". Quando nos mostrou a ideia original, ficamos animados com a canção que era muito boa.
Havia uma resolução harmônica da parte A que lembrava uma canção já existente e dessa forma, o Rodrigo propôs uma pequena modificação que só valorizou ainda mais a música e descartou qualquer semelhança com outra.
Fomos trabalhando e chegamos à um resultado muito interessante onde elementos como o POP, o Soft-Rock e de certa forma a MPB, de leve, ficaram amalgamados harmônicamente.
No tocante à letra, o Xando já tinha-a praticamente pronta na cabeça. Falando sobre solidão, conta as impressões de um homem no seu cotidiano e como enfrenta essa questão em sua vida.
O título foi um contraponto à música "Queimada das Larvas nos Campos Sem Fim". Buscando o oposto de um título enorme e que evocava o realismo fantástico da literatura de cordel, o título sintético "Só", assegurou-nos o contraste.
A parte final da música, tem um swing que lembra muito o trabalho de Carole King, Elton John etc.
Algumas pessoas surpreenderam-se com o fade out considerado muito ligeiro, mas a ideia era essa, proposital : Deixar que ela continuasse subliminarmente na mente de cada ouvinte, num tipo de interação sutil.
(Luiz Domingues)
Nota :
A principal inspiração para essa letra, além de ter sido um momento em que eu realmente me encontrava e me identificava com a idéia da letra e em especial com a frase, "Não quero visitas, não quero ninguém", foi a idéia de "Cria Cuervos... y te sacaran los ojos". (Crie corvos e eles te comerão os olhos).
Os "Cuervos" sendo exemplificados pela própria "solidão" que pode criar monstros em nossas cabeças, ainda assim há um teor de "solitude" na letra quando já de cara declara que "Só, mas muito bem acompanhado".
Nas entrelinhas há um pouco da atmosfera emprestada de "Cria Cuervos" de Carlos Saura ( Veja aqui ) .
Em verdade, a harmonia final quando a letra diz da "Miragem, a ira e o breu, a qual o Luiz enxerga Carole King e Elton John (o que é uma visão bastante plausível e também bem colocada) foi inspirada em climas "Elis Regianísticos" num primeiro momento e, mesmo não tendo exatamente a mesma onda de bolero, lembro-me de ter pensado em algo como a sonoridade de "Dois pra lá, dois pra cá" (Veja aqui) com um adendo da sutileza de um acorde maior, repetido em forma menor e novamente em maior, o que dá um clima bem interessante.
(Xando Zupo)
Só - (Zupo/Hid)
Letra - (Zupo)
Só, mas muito bem acompanhado
Meu pensamento vago cria cuervos em mim, sem perceber.
Só, incomunicável....
Tudo amontoado
Não quero visitas
Não quero ninguém
A miragem, o cheiro, a ira e o breu
Diante da farsa
Quem fui eu ?
Não presto eu, nem presta você.
Só, e o carro na garagem
A noite não acaba
Miséria dorme feliz porque me tem
Só, meu personagem vaga num boteco sem memórias
que ninguém foi, ninguém viu
A miragem, o cheiro, a ira e o breu
Diante da farsa
Quem fui eu ?
Não presto eu, nem presta você.
Breves comentários para quem quer um pouco mais
O Xando nos recepcionou um dia em sua casa com uma boa nova : " Estou com uma música nova". Quando nos mostrou a ideia original, ficamos animados com a canção que era muito boa.
Havia uma resolução harmônica da parte A que lembrava uma canção já existente e dessa forma, o Rodrigo propôs uma pequena modificação que só valorizou ainda mais a música e descartou qualquer semelhança com outra.
Fomos trabalhando e chegamos à um resultado muito interessante onde elementos como o POP, o Soft-Rock e de certa forma a MPB, de leve, ficaram amalgamados harmônicamente.
No tocante à letra, o Xando já tinha-a praticamente pronta na cabeça. Falando sobre solidão, conta as impressões de um homem no seu cotidiano e como enfrenta essa questão em sua vida.
O título foi um contraponto à música "Queimada das Larvas nos Campos Sem Fim". Buscando o oposto de um título enorme e que evocava o realismo fantástico da literatura de cordel, o título sintético "Só", assegurou-nos o contraste.
A parte final da música, tem um swing que lembra muito o trabalho de Carole King, Elton John etc.
Algumas pessoas surpreenderam-se com o fade out considerado muito ligeiro, mas a ideia era essa, proposital : Deixar que ela continuasse subliminarmente na mente de cada ouvinte, num tipo de interação sutil.
(Luiz Domingues)
Nota :
A principal inspiração para essa letra, além de ter sido um momento em que eu realmente me encontrava e me identificava com a idéia da letra e em especial com a frase, "Não quero visitas, não quero ninguém", foi a idéia de "Cria Cuervos... y te sacaran los ojos". (Crie corvos e eles te comerão os olhos).
Os "Cuervos" sendo exemplificados pela própria "solidão" que pode criar monstros em nossas cabeças, ainda assim há um teor de "solitude" na letra quando já de cara declara que "Só, mas muito bem acompanhado".
Nas entrelinhas há um pouco da atmosfera emprestada de "Cria Cuervos" de Carlos Saura ( Veja aqui ) .
Em verdade, a harmonia final quando a letra diz da "Miragem, a ira e o breu, a qual o Luiz enxerga Carole King e Elton John (o que é uma visão bastante plausível e também bem colocada) foi inspirada em climas "Elis Regianísticos" num primeiro momento e, mesmo não tendo exatamente a mesma onda de bolero, lembro-me de ter pensado em algo como a sonoridade de "Dois pra lá, dois pra cá" (Veja aqui) com um adendo da sutileza de um acorde maior, repetido em forma menor e novamente em maior, o que dá um clima bem interessante.
(Xando Zupo)
Só - (Zupo/Hid)
Letra - (Zupo)
Só, mas muito bem acompanhado
Meu pensamento vago cria cuervos em mim, sem perceber.
Só, incomunicável....
Tudo amontoado
Não quero visitas
Não quero ninguém
A miragem, o cheiro, a ira e o breu
Diante da farsa
Quem fui eu ?
Não presto eu, nem presta você.
Só, e o carro na garagem
A noite não acaba
Miséria dorme feliz porque me tem
Só, meu personagem vaga num boteco sem memórias
que ninguém foi, ninguém viu
A miragem, o cheiro, a ira e o breu
Diante da farsa
Quem fui eu ?
Não presto eu, nem presta você.
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "Misturo tudo e aplico"
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades -
"Misturo tudo e aplico"
Breves comentários para quem quer um pouco mais
O Riff inicial era uma ideia do Rodrigo em parceria com Marcello Schevano. Hard-Rock típico setentista, com um peso bem bluesy, lembrando o Mountain.
O Xando curtiu e logo apareceu uma parte B e uma ponte. Na B, breques energéticos com bateria desdobrando e nessa ponte, uma rapida inserção ao funk-Rock, onde o Deep Purple fase MK III e Stevie Wonder se encontraram , nos cumprimentaram e saíram...
A letra trata de abusos, mas de forma alguma é uma apologia e quem a lê sob essa ótica, está redondamente enganado.
No final, brincávamos que o stacatto remetia à mariaches, música mexicana etc. Essa brincadeira rendeu muitas risadas e divagações mil.
Quando fomos gravá-la, decidimos incorporar essa ideia oficial e seriamente. Foi quando convidamos o trumpetista Robson Luiz (Quasímodo). Só tínhamos uma ideia vaga na cabeça, mas ele , experiente, soube interpretar nossos anseios e sob a orientação de Xando e Rodrigo, criou um naipe sensacional, gravando quatro vozes, num contraponto.
Talvez choque Rockers radicais, mas sinceramente, acho o Rock libertário e portanto, quem o enxerga com preconceitos, certamente precisaria rever seus conceitos.
(Luiz Domingues)
Misturo Tudo e Aplico
( Schevano / Hid / Zupo )
Letra - (Zupo/Hid)
Pra quem fez a cabeça é a quem vou cantar.
Pra quem pula o muro porquê não quer só espiar.
Você tá na lua cheia e hoje não presta.
Acelera na curva que a mistura interessa.
Eu sei de um cara, com muita pressa.
Não sabe mais como parar.
Não tenho pressa, a mim não estressa.
Não me interessa a festa acabar.
Vejo o sol se pôr, apagar.
E nascer quando vem de outro lugar.
Pra confundir não vou explicar.
Misturo tudo e aplico.
E aplico.
Misturo tudo e aplico.
Misturo tudo.
Eu sei de um cara, com muita pressa.
Não sabe mais como parar.
Não tenho pressa, a mim não estressa.
Não me interessa a festa acabar.
Breves comentários para quem quer um pouco mais
O Riff inicial era uma ideia do Rodrigo em parceria com Marcello Schevano. Hard-Rock típico setentista, com um peso bem bluesy, lembrando o Mountain.
O Xando curtiu e logo apareceu uma parte B e uma ponte. Na B, breques energéticos com bateria desdobrando e nessa ponte, uma rapida inserção ao funk-Rock, onde o Deep Purple fase MK III e Stevie Wonder se encontraram , nos cumprimentaram e saíram...
A letra trata de abusos, mas de forma alguma é uma apologia e quem a lê sob essa ótica, está redondamente enganado.
No final, brincávamos que o stacatto remetia à mariaches, música mexicana etc. Essa brincadeira rendeu muitas risadas e divagações mil.
Quando fomos gravá-la, decidimos incorporar essa ideia oficial e seriamente. Foi quando convidamos o trumpetista Robson Luiz (Quasímodo). Só tínhamos uma ideia vaga na cabeça, mas ele , experiente, soube interpretar nossos anseios e sob a orientação de Xando e Rodrigo, criou um naipe sensacional, gravando quatro vozes, num contraponto.
Talvez choque Rockers radicais, mas sinceramente, acho o Rock libertário e portanto, quem o enxerga com preconceitos, certamente precisaria rever seus conceitos.
(Luiz Domingues)
Misturo Tudo e Aplico
( Schevano / Hid / Zupo )
Letra - (Zupo/Hid)
Pra quem fez a cabeça é a quem vou cantar.
Pra quem pula o muro porquê não quer só espiar.
Você tá na lua cheia e hoje não presta.
Acelera na curva que a mistura interessa.
Eu sei de um cara, com muita pressa.
Não sabe mais como parar.
Não tenho pressa, a mim não estressa.
Não me interessa a festa acabar.
Vejo o sol se pôr, apagar.
E nascer quando vem de outro lugar.
Pra confundir não vou explicar.
Misturo tudo e aplico.
E aplico.
Misturo tudo e aplico.
Misturo tudo.
Eu sei de um cara, com muita pressa.
Não sabe mais como parar.
Não tenho pressa, a mim não estressa.
Não me interessa a festa acabar.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "Projeções"
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades -
"Projeções"
Breves comentários para quem quer um pouco mais.
“Projeções” também foi composta em 2004, enquanto eu fazia improvisos
no violão de 12 cordas com a afinação aberta em D, o famoso “cebolão” da viola.
Teve uma história semelhante a de “Queimada das larvas nos campos sem fim”. Foi apresentada a banda durante o levantamento de material para o segundo disco, e o Xando criou uma parte B instrumental, que por ter uma sonoridade bem progressiva, faz um contraponto interessante com o restante da música, que é baseada numa harmonia minimalista-oriental, e entrecortada por alguns ponteios que remetem a viola caipira. O que reforça o clima oriental da canção, foi a cítara, gravada pelo nosso amigo Diogo Oliveira.
A letra é de minha autoria e foi escrita após o mapa da música já estar pronto.
(Rodrigo Hid)
PROJEÇÕES
Música: Rodrio Hid / Xando Zupo
Letra: Rodrigo Hid
Tudo que eu vivo são projeções
De uma fagulha divina que há dentro de mim
A vida, a morte e a grande ilusão
Num mar de energias e emoções
Não há fronteiras pra quem ama
E pra quem ouve o coração
Quer creia ou não creia
Eu creio que é assim
Não levo a vida a ferro e a fogo
Eu vivo em busca de mim
Quer creia ou não creia
Eu creio que é assim
E vou vivendo com Deus e o Diabo
Aqui na nossa terra do sol
Na terra do sol, do sol...
Breves comentários para quem quer um pouco mais.
“Projeções” também foi composta em 2004, enquanto eu fazia improvisos
no violão de 12 cordas com a afinação aberta em D, o famoso “cebolão” da viola.
Teve uma história semelhante a de “Queimada das larvas nos campos sem fim”. Foi apresentada a banda durante o levantamento de material para o segundo disco, e o Xando criou uma parte B instrumental, que por ter uma sonoridade bem progressiva, faz um contraponto interessante com o restante da música, que é baseada numa harmonia minimalista-oriental, e entrecortada por alguns ponteios que remetem a viola caipira. O que reforça o clima oriental da canção, foi a cítara, gravada pelo nosso amigo Diogo Oliveira.
A letra é de minha autoria e foi escrita após o mapa da música já estar pronto.
(Rodrigo Hid)
PROJEÇÕES
Música: Rodrio Hid / Xando Zupo
Letra: Rodrigo Hid
Tudo que eu vivo são projeções
De uma fagulha divina que há dentro de mim
A vida, a morte e a grande ilusão
Num mar de energias e emoções
Não há fronteiras pra quem ama
E pra quem ouve o coração
Quer creia ou não creia
Eu creio que é assim
Não levo a vida a ferro e a fogo
Eu vivo em busca de mim
Quer creia ou não creia
Eu creio que é assim
E vou vivendo com Deus e o Diabo
Aqui na nossa terra do sol
Na terra do sol, do sol...
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "Queimada das larvas nos campos sem fim"
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "Queimada das larvas nos campos sem fim"
Breves comentários para quem quer um pouco mais.
O riff de “Queimada das larvas nos campos sem fim” foi criado em 2004
em um violão de 12 cordas, inicialmente com a intenção de ser uma canção acústica, com um ritmo calcado no baião.
Em 2009 estávamos levantando músicas para o terceiro disco e eu mostrei este riff, porém na guitarra e com uma levada mais reta e rock, pois de início achei que ela cairia melhor assim para a banda. Ficamos trabalhando em cima desta música porém infelizmente ela não estava ficando de
nosso agrado. Já estávamos quase desistindo dela, quando eu tive a idéia (feliz) de reapresentá-la em sua forma original, e... eureca! Soou ótima aos nossos ouvidos. O Xando teve a idéia para uma parte B, que tem um quê de Led Zeppelin, e consequentemente a música ganhou o nome de trabalho
“Baião-Zeppelin”. A letra é de minha autoria, também de 2004. Um jogo de palavras e imagens, algumas surreais.
Somente o refrão foi escrito em 2009, por inspiração na parte B.
(Rodrigo Hid)
QUEIMADA DAS LARVAS NOS CAMPOS SEM FIM
Música: Rodrigo Hid / Xando Zupo
Letra: Rodrigo Hid
Pelo sol da alma uma oração
Das cinzas do gole da faca e do pão
Arruda guiné rosa branca alecrim
Esperma da glória ante o agouro sombrio
O som do silêncio, a eterna vitória
Coroa de espinhos dilacerados
Ultimato do mato num quadro de luz
Queimada das larvas nos campos sem fim
Viagens ao céu e ao inferno
O lado obscuro, a outra face
A língua humana fica pequena
Na vida que vira uma grande ilusão
Milhões de anos num minuto
A força no ensino da natureza
Respeito ao cruzar a encruzilhada
Queimada das larvas nos campos sem fim
Se liga que em menos de um minuto a vida pode mudar...
Breves comentários para quem quer um pouco mais.
O riff de “Queimada das larvas nos campos sem fim” foi criado em 2004
em um violão de 12 cordas, inicialmente com a intenção de ser uma canção acústica, com um ritmo calcado no baião.
Em 2009 estávamos levantando músicas para o terceiro disco e eu mostrei este riff, porém na guitarra e com uma levada mais reta e rock, pois de início achei que ela cairia melhor assim para a banda. Ficamos trabalhando em cima desta música porém infelizmente ela não estava ficando de
nosso agrado. Já estávamos quase desistindo dela, quando eu tive a idéia (feliz) de reapresentá-la em sua forma original, e... eureca! Soou ótima aos nossos ouvidos. O Xando teve a idéia para uma parte B, que tem um quê de Led Zeppelin, e consequentemente a música ganhou o nome de trabalho
“Baião-Zeppelin”. A letra é de minha autoria, também de 2004. Um jogo de palavras e imagens, algumas surreais.
Somente o refrão foi escrito em 2009, por inspiração na parte B.
(Rodrigo Hid)
QUEIMADA DAS LARVAS NOS CAMPOS SEM FIM
Música: Rodrigo Hid / Xando Zupo
Letra: Rodrigo Hid
Pelo sol da alma uma oração
Das cinzas do gole da faca e do pão
Arruda guiné rosa branca alecrim
Esperma da glória ante o agouro sombrio
O som do silêncio, a eterna vitória
Coroa de espinhos dilacerados
Ultimato do mato num quadro de luz
Queimada das larvas nos campos sem fim
Viagens ao céu e ao inferno
O lado obscuro, a outra face
A língua humana fica pequena
Na vida que vira uma grande ilusão
Milhões de anos num minuto
A força no ensino da natureza
Respeito ao cruzar a encruzilhada
Queimada das larvas nos campos sem fim
Se liga que em menos de um minuto a vida pode mudar...
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "Saiu de Férias"
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades -
"Saiu de Férias"
Breves comentários para quem quer um pouco mais.
A ideia inicial veio de um riff que lembrava muito o trabalho do Free. Uma construção rítmica lenta e marcante, com um sabor de Blues acentuado. Havia também uma ideia harmônica para uma eventual parte B e era uma cadência bem sessentista que remetia ao The Kinks, Small Faces e outras bandas dessa safra britânica.
O Xando trouxe uma parte C, mais setentista, inegavelmente com influência do Led Zeppelin, imprimindo um peso muito bom.
Na questão dos vocais, tivemos a ideia de acrescentar no côro, uma voz muito grave, talvez um baixo na escala vocal, portanto abaixo do barítono. A ideia era encarnar vocais típicos de Soul e R'n'B e eu fui o escalado para essa missão, imitando descaradamente o Ike Turner...
A letra gerou polêmica e foi analisada internamente de forma exaustiva em debates. O Xando a escreveu buscando a ideia de não compactuar com manipulações de religiosos, gurus, sacerdotes ou quaisquer outras lideranças falsas e/ou inescrupulosas.
Para nós é clara a proposta : Repudiamos estelionatários que se aproveitam da boa fé de pessoas simples. Não estamos atacando religiões, tampouco pessoas sérias que estejam envolvidas nesse processo.
Portanto, quem potencialmente poderia se ofender com tais colocações, seria réu confesso, simplesmente.
(Luiz Domingues)
Nota : Coloco também a clara intenção de ridicularizar a intenção de pessoas que esperam apenas uma melhora no conforto material em suas vidas ou que acham que essa força chamada "Deus" seria um ser pronto a atender as necessidades de uma espécie chamada de "Ser Humano" mas que de Humano nada tem.
Deus não é fiel e as pessoas é que deveriam ser mais humanas se querem encontrá-lo.
Nenhuma intenção de desrespeito a quem tem a espiritualidade ou Deus em seu coração.
(Xando Zupo)
Saiu de Férias - (Domingues/Zupo/Hid)
Letra - (Zupo)
Tá pensando que a sua vida vale algo? O "um centavo" que você furou?
E que prende à correntinha porquê dá uma baita sorte. Meu amor, se enganou.
Você diz o tempo todo graças a Deus esperando que ele vá retribuir.
E como todo puxa-saco, dita regras que ninguém vai seguir.
Acho que ele esqueceu...
Ou nem quer lembrar.
Tá pensando que tua vida vale alto pela grana que você juntou ?
Porque paga um carnezinho que autoriza a sacanagem e diz :
Deus é fiel !
Tá viajando quando acha que atingir a meta traz satisfação.
A meta e a merda são opostos que atingidos vem com muita decepção.
Acho que ele esqueceu...
Acho que ele se encheu....
Ou nem quer lembrar.
Acho que ele esqueceu...
Acho que ele se encheu....
Acho que ele morreu...
Ou nem quer lembrar...
Foi viajar....
Foi meditar no Nepal....
Sobrevoando a India.....
Ahhhhh, India......
Tá do outro lado da Lua...
Foi beber na rua.....
Deus foi pro Guarujá...
E acho que ele esqueceu...
Acho que ele se encheu....
Acho que ele morreu...
Breves comentários para quem quer um pouco mais.
A ideia inicial veio de um riff que lembrava muito o trabalho do Free. Uma construção rítmica lenta e marcante, com um sabor de Blues acentuado. Havia também uma ideia harmônica para uma eventual parte B e era uma cadência bem sessentista que remetia ao The Kinks, Small Faces e outras bandas dessa safra britânica.
O Xando trouxe uma parte C, mais setentista, inegavelmente com influência do Led Zeppelin, imprimindo um peso muito bom.
Na questão dos vocais, tivemos a ideia de acrescentar no côro, uma voz muito grave, talvez um baixo na escala vocal, portanto abaixo do barítono. A ideia era encarnar vocais típicos de Soul e R'n'B e eu fui o escalado para essa missão, imitando descaradamente o Ike Turner...
A letra gerou polêmica e foi analisada internamente de forma exaustiva em debates. O Xando a escreveu buscando a ideia de não compactuar com manipulações de religiosos, gurus, sacerdotes ou quaisquer outras lideranças falsas e/ou inescrupulosas.
Para nós é clara a proposta : Repudiamos estelionatários que se aproveitam da boa fé de pessoas simples. Não estamos atacando religiões, tampouco pessoas sérias que estejam envolvidas nesse processo.
Portanto, quem potencialmente poderia se ofender com tais colocações, seria réu confesso, simplesmente.
(Luiz Domingues)
Nota : Coloco também a clara intenção de ridicularizar a intenção de pessoas que esperam apenas uma melhora no conforto material em suas vidas ou que acham que essa força chamada "Deus" seria um ser pronto a atender as necessidades de uma espécie chamada de "Ser Humano" mas que de Humano nada tem.
Deus não é fiel e as pessoas é que deveriam ser mais humanas se querem encontrá-lo.
Nenhuma intenção de desrespeito a quem tem a espiritualidade ou Deus em seu coração.
(Xando Zupo)
Saiu de Férias - (Domingues/Zupo/Hid)
Letra - (Zupo)
Tá pensando que a sua vida vale algo? O "um centavo" que você furou?
E que prende à correntinha porquê dá uma baita sorte. Meu amor, se enganou.
Você diz o tempo todo graças a Deus esperando que ele vá retribuir.
E como todo puxa-saco, dita regras que ninguém vai seguir.
Acho que ele esqueceu...
Ou nem quer lembrar.
Tá pensando que tua vida vale alto pela grana que você juntou ?
Porque paga um carnezinho que autoriza a sacanagem e diz :
Deus é fiel !
Tá viajando quando acha que atingir a meta traz satisfação.
A meta e a merda são opostos que atingidos vem com muita decepção.
Acho que ele esqueceu...
Acho que ele se encheu....
Ou nem quer lembrar.
Acho que ele esqueceu...
Acho que ele se encheu....
Acho que ele morreu...
Ou nem quer lembrar...
Foi viajar....
Foi meditar no Nepal....
Sobrevoando a India.....
Ahhhhh, India......
Tá do outro lado da Lua...
Foi beber na rua.....
Deus foi pro Guarujá...
E acho que ele esqueceu...
Acho que ele se encheu....
Acho que ele morreu...
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "Jefferson Messias"
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "Jefferson Messias"
Breves comentários para quem quer um pouco mais.
Quando estávamos criando o material do Pedra II, muitas jams foram realizadas. Numa delas, surgiu o riff inicial de uma ideia muito calcada na psicodelia sessentista, através do orgão Hammond pilotado pelo Rodrigo.
Rapidamente, Xando , Ivan e eu, Luiz, mergulhamos nesse espírito e a parte 1 foi saindo naturalmente. Era tão "60's", que brincando, a apelidamos de "Jefferson Airplane".
Em seguida, o Xando propôs um riff pesado, de Hard-Rock setentista, onde lembrando muito o trabalho do Captain Beyond, banda que todos admiramos, foi anexado à parte A.
E completando a loucura "sixtie", uma terceira parte toda calcada no experimentalismo, com muitos ruídos provocados em grande parte pelos teclados do Rodrigo e a guitarra cheia de efeitos inusitados do Xando (e outros que não revelarei por enquanto, mas um dia eu conto...), ficaram realmente muito instigantes na gravação oficial do disco, deixando Syd Barrett de olhos marejados lá no céu psicodélico onde hoje vive.
Como luxo extra e motivo de orgulho para a banda, a letra tem parceria do grande Cézar de Mercês, lendário mestre do Rock e da MPB, que deu importante contribuição à letra que Rodrigo Hid iniciou.
E o artista plástico Diogo Oliveira, genial como sempre, percebeu a importância emblemática de Jefferson Messias e dessa forma, o concebeu como personagem importante na confecção da capa HQ do CD Pedra II.
(Luiz Domingues)
Jefferson Messias (Hid/Zupo/Cézar de Mercês)
Letra - (Hid/Mercês)
Ele era um homem que buscava...
Ele era um cara que queria saber...
Buscava o conhecimento perdido nas entranhas do ser
E ele sabia
que não sabia nada !
Ele era o cara que dizia tudo e perturbava ao chegar
Incomodava os que também sabiam e que buscavam o lugar
mas eles não sabiam, que não sabiam nada.
No fio de uma navalha o sol na curva do rio
Não tenho medo da sorte, eu sei correr e sei fazer você também correr.
Eu vou te socorrer a ver a luz da verdade na busca da eternidade
do saber, fruto do ser.
Bem antes do final dos tempos.
Bem antes de afinal você perceber que a verdade se desfaz no vento
que um dia leva o viajante além.
Jefferson messias na esquina, na quebrada.
Onde houver alguém que não sabe que não sabe, nada !
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "Reflexo Inverso"
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "Reflexo Inverso"
Breves comentários para quem quer um pouco mais.
Essa música iniciou-se com a ideia do Xando, trazendo uma sequência harmônica bem influenciada pela MPB setentista. Parecía-nos em princípio, algo que tinha um certo sabor de Bossa-Nova, mas com pegada setentista de eletricidade e peso do Rock. Seguindo essa linha, o Xando desenvolveu linha melódica e letra complexa, tratando de reflexões introspectivas, questionamentos internos de um homem em busca de sua essência, buscando respostas ao se deparar consigo próprio diante de um espelho, numa autêntica autoanálise.
Tudo corria bem no arranjo, com o Rodrigo trazendo sua contribuição excelente nos teclados e poderia ter ficado nessa parte inicial, rica em evoluções e subpartes que a justificariam como uma peça única.
Foi quando o Rodrigo nos trouxe uma outra ideia, com o intuito de trabalharmos numa outra música, distinta. Era praticamente um Rock Progressivo, bem setentista, mas com um acento brasileiro, remetendo ao Rock rural de Sá, Rodrix & Guarabyra e certamente O Terço, em seus momentos mais mineiros.
Bingo !
Resolvemos anexar essa segunda ideia à música do Xando e esse momento Rock acrescentou uma carga emocional muito forte à música como um tôdo e lhe conferiu um final bastante climático.
Assim nasceu "Reflexo Inverso".
(Luiz Domingues)
Reflexo Inverso
( Zupo / Hid )
Letra - (Zupo)
Não vai parar de olhar pra esse espelho ?
Esperando o que o reflexo inverso pode proporcionar.
Fantasiando um efeito.
Dissimulando o que acontece desse lado de cá.
Choros, beijos, segredos do quarto ao acaso,
ao inverso, igual mas sempre em algum outro lugar.
Em algum outro lugar.
Não quer parar, relembrar o que é feito.
No relexo inverso o que é triste e frio, não sai.
Veste a capa de herói ou vilão, que é um disfarce, uma imagem,
igual mas sempre em algum outro lugar.
Em algum outro lugar.
Pelo que quer que esses olhos procurem.
E ainda que o sim vire não.
Mesmo que esqueça o refrão, da sua canção.
Pra sempre vai, sempre vai ser você.
Mas sempre vai, sempre vai ser você.
Pelo que quer que esses olhos procurem.
E ainda que o sim vire não.
Mesmo que esqueça o refrão, da sua canção.
Por esse espelho eu me vejo e não reconheço o que não
gosto de olhar.
Quebra o espelho ! Traz pra fora o que falta e te faz ir buscar.
Voyeur de mim mesmo. Um lance tão surreal, distorção ao extremo.
Quebra o espelho ! Traz pra fora o que falta e te faz ir.
E, vai !
Às vezes me perco sem saber pra onde olhar.
Às vezes me perco sem sair do lugar.
Breves comentários para quem quer um pouco mais.
Essa música iniciou-se com a ideia do Xando, trazendo uma sequência harmônica bem influenciada pela MPB setentista. Parecía-nos em princípio, algo que tinha um certo sabor de Bossa-Nova, mas com pegada setentista de eletricidade e peso do Rock. Seguindo essa linha, o Xando desenvolveu linha melódica e letra complexa, tratando de reflexões introspectivas, questionamentos internos de um homem em busca de sua essência, buscando respostas ao se deparar consigo próprio diante de um espelho, numa autêntica autoanálise.
Tudo corria bem no arranjo, com o Rodrigo trazendo sua contribuição excelente nos teclados e poderia ter ficado nessa parte inicial, rica em evoluções e subpartes que a justificariam como uma peça única.
Foi quando o Rodrigo nos trouxe uma outra ideia, com o intuito de trabalharmos numa outra música, distinta. Era praticamente um Rock Progressivo, bem setentista, mas com um acento brasileiro, remetendo ao Rock rural de Sá, Rodrix & Guarabyra e certamente O Terço, em seus momentos mais mineiros.
Bingo !
Resolvemos anexar essa segunda ideia à música do Xando e esse momento Rock acrescentou uma carga emocional muito forte à música como um tôdo e lhe conferiu um final bastante climático.
Assim nasceu "Reflexo Inverso".
(Luiz Domingues)
Reflexo Inverso
( Zupo / Hid )
Letra - (Zupo)
Não vai parar de olhar pra esse espelho ?
Esperando o que o reflexo inverso pode proporcionar.
Fantasiando um efeito.
Dissimulando o que acontece desse lado de cá.
Choros, beijos, segredos do quarto ao acaso,
ao inverso, igual mas sempre em algum outro lugar.
Em algum outro lugar.
Não quer parar, relembrar o que é feito.
No relexo inverso o que é triste e frio, não sai.
Veste a capa de herói ou vilão, que é um disfarce, uma imagem,
igual mas sempre em algum outro lugar.
Em algum outro lugar.
Pelo que quer que esses olhos procurem.
E ainda que o sim vire não.
Mesmo que esqueça o refrão, da sua canção.
Pra sempre vai, sempre vai ser você.
Mas sempre vai, sempre vai ser você.
Pelo que quer que esses olhos procurem.
E ainda que o sim vire não.
Mesmo que esqueça o refrão, da sua canção.
Por esse espelho eu me vejo e não reconheço o que não
gosto de olhar.
Quebra o espelho ! Traz pra fora o que falta e te faz ir buscar.
Voyeur de mim mesmo. Um lance tão surreal, distorção ao extremo.
Quebra o espelho ! Traz pra fora o que falta e te faz ir.
E, vai !
Às vezes me perco sem saber pra onde olhar.
Às vezes me perco sem sair do lugar.
domingo, 2 de setembro de 2012
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "Tô Indo a Mil"
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "Tô Indo a Mil"
Breves comentários para quem quer um pouco mais.
Tô indo a mil era uma música que, com outra letra e arranjos, pertencia ao repertório do Sidharta (Banda do Luiz Domingues e Rodrigo Hid, que ficou apenas nos ensaios e foi o embrião da volta da Patrulha do Espaço em 1999).
Durante os ensaios para a gravação do Pedra II nós a repaginamos.
A estrofe que diz :
"E eu tô indo a mil, mil verdades me levam de encontro às paredes que derrubam ideais".
Esse era um trecho de um manuscrito que encontrei em papéis e crônicas que minha mãe, Francis Vargas, escreveu durante sua passagem aqui pelo planeta azul. Nele, curiosamente, ela pedia ao Mario Marcos, (sim é o irmão do Antônio Marcos, cantor), que era um grande amigo dela, para que usasse isso ou alguma parte em alguma música, algum dia. Achei a idéia de "ir a mil" bacana como um "norte" para a letra.
O trecho inicial da letra onde diz:
"Mudo a nuvem de lugar"
Era parte Ipsis litteris ou talvez parte do contexto de um poema da Lu Vitaliano que também trazia uma imagem "bacana". Sabe aqueles caras que parecem que andam com uma "nuvem" na cabeça ?
Bem, aí está.... Escrevi essa estória unindo as duas idéias.
Dessa transformação toda nasceu "Tô indo a mil". Alguém mais?
Tô Indo a Mil
(Hid/Zupo/Vitaliano)
Letra - (Zupo/Vargas/Vitaliano)
Tão dizendo não mas pode ser um sim
Se esse vento me ajudar
Tão dizendo, longe; e eu "tô" vendo logo ali...
Mudo a nuvem de lugar. Eu chego lá.
E eu "Tô" indo a mil, mil verdades me levam de encontro
às paredes que derrubam os ideais.
E eu "Tô" indo a mil, grito paz, em meio ao caos.
Paz por um segundo, me dê paz.
Eu já não sou um só, agora somos nós !
Eu já não sou um só, já que somos sós...
Tão dizendo que é pra eu botar a casa em ordem
e que as coisas vão mudar, vão melhorar.
E eu tô indo a mil porque hoje é melhor do que ontem
e me deram um dia a mais.
Eu já não sou um só, agora somos nós !
Eu já não sou um só, já que somos sós...
Mas tudo é breve e num passe de mágica
Ás vezes tão londe de mim
Mas num segundo muda toda a história...
Tudo vale a pena enfim.
Breves comentários para quem quer um pouco mais.
Tô indo a mil era uma música que, com outra letra e arranjos, pertencia ao repertório do Sidharta (Banda do Luiz Domingues e Rodrigo Hid, que ficou apenas nos ensaios e foi o embrião da volta da Patrulha do Espaço em 1999).
Durante os ensaios para a gravação do Pedra II nós a repaginamos.
A estrofe que diz :
"E eu tô indo a mil, mil verdades me levam de encontro às paredes que derrubam ideais".
Esse era um trecho de um manuscrito que encontrei em papéis e crônicas que minha mãe, Francis Vargas, escreveu durante sua passagem aqui pelo planeta azul. Nele, curiosamente, ela pedia ao Mario Marcos, (sim é o irmão do Antônio Marcos, cantor), que era um grande amigo dela, para que usasse isso ou alguma parte em alguma música, algum dia. Achei a idéia de "ir a mil" bacana como um "norte" para a letra.
O trecho inicial da letra onde diz:
"Mudo a nuvem de lugar"
Era parte Ipsis litteris ou talvez parte do contexto de um poema da Lu Vitaliano que também trazia uma imagem "bacana". Sabe aqueles caras que parecem que andam com uma "nuvem" na cabeça ?
Bem, aí está.... Escrevi essa estória unindo as duas idéias.
Dessa transformação toda nasceu "Tô indo a mil". Alguém mais?
( Xando )
(Hid/Zupo/Vitaliano)
Letra - (Zupo/Vargas/Vitaliano)
Tão dizendo não mas pode ser um sim
Se esse vento me ajudar
Tão dizendo, longe; e eu "tô" vendo logo ali...
Mudo a nuvem de lugar. Eu chego lá.
E eu "Tô" indo a mil, mil verdades me levam de encontro
às paredes que derrubam os ideais.
E eu "Tô" indo a mil, grito paz, em meio ao caos.
Paz por um segundo, me dê paz.
Eu já não sou um só, agora somos nós !
Eu já não sou um só, já que somos sós...
Tão dizendo que é pra eu botar a casa em ordem
e que as coisas vão mudar, vão melhorar.
E eu tô indo a mil porque hoje é melhor do que ontem
e me deram um dia a mais.
Eu já não sou um só, agora somos nós !
Eu já não sou um só, já que somos sós...
Mas tudo é breve e num passe de mágica
Ás vezes tão londe de mim
Mas num segundo muda toda a história...
Tudo vale a pena enfim.
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "O Galo Já Cantou"
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "O Galo Já Cantou"
Breves comentários para quem quer um pouco mais.
O Galo já cantou se originou de um trecho de riff achado nas gavetas de fitas k7 com demos antigas. O Riff fazia parte de um ensaio em 1999 de tentativa de volta da banda Big Balls, a qual foi minha banda entre 88 e 2001. As partes B e pré solo foram criadas nos ensaios de pré produção do primeiro cd do Pedra (2006). A letra foi uma luz no fim do túnel durante um amanhecer perturbado. As vezes a gente tem de bater o pé no fundo e olhar para cima, não ? Alguns trechos com referência ao mar e estrada, apesar de suas inserções serem primordialmente metafóricas, foram inspiradas por imagens reais. Durante o fim dos anos 80 e início dos 90 eu frequentava muito a rodovia Tamoios e a Rio-Santos e por várias vezes fazia esse percurso sozinho... bem, não sozinho pois meu Roadstar estava sempre lá também. (Para quem não sabe. Roadstar é um toca fitas K7 e não o apelido do meu Corcel II. ( Xando ) <
O Galo já Cantou - ( Zupo/ Hid )
Letra - (Zupo)
Já não demora, o galo já cantou.
Tanta porrada já não importa o que passou.
Pra que tapar olhos e ouvidos quando chega o amanhecer ?
Se a maré mal trouxe, já levou. Se tudo acaba e foi bom o que ficou.
Aumenta o som, aumenta mais uma vez e vem ver o sol nascer.
Me largo pela estrada e vago até me encontrar.
Às vezes, de repente, sol que foi poente volta a brilhar.
Um pouco de silêncio em meio ao movimento que vem e vai como as ondas do mar.
Sempre abre alguma porta quando outra fechou. Tem anjo que é salvador.
Que diz ser sempre um novo início, quando chega o amanhecer.
Já não demora, o galo já cantou. Ainda grita iludido, sonhador.
Pra quê chorar ao se despedir ? Meu bem, sempre vem o amanhecer.
Me largo pela estrada e vago até me encontrar.
Às vezes, de repente, sol que foi poente volta a brilhar.
Um pouco de silêncio em meio ao movimento que vem e vai como as ondas do mar.
As ondas do mar....
Breves comentários para quem quer um pouco mais.
O Galo já cantou se originou de um trecho de riff achado nas gavetas de fitas k7 com demos antigas. O Riff fazia parte de um ensaio em 1999 de tentativa de volta da banda Big Balls, a qual foi minha banda entre 88 e 2001. As partes B e pré solo foram criadas nos ensaios de pré produção do primeiro cd do Pedra (2006). A letra foi uma luz no fim do túnel durante um amanhecer perturbado. As vezes a gente tem de bater o pé no fundo e olhar para cima, não ? Alguns trechos com referência ao mar e estrada, apesar de suas inserções serem primordialmente metafóricas, foram inspiradas por imagens reais. Durante o fim dos anos 80 e início dos 90 eu frequentava muito a rodovia Tamoios e a Rio-Santos e por várias vezes fazia esse percurso sozinho... bem, não sozinho pois meu Roadstar estava sempre lá também. (Para quem não sabe. Roadstar é um toca fitas K7 e não o apelido do meu Corcel II. ( Xando ) <
O Galo já Cantou - ( Zupo/ Hid )
Letra - (Zupo)
Já não demora, o galo já cantou.
Tanta porrada já não importa o que passou.
Pra que tapar olhos e ouvidos quando chega o amanhecer ?
Se a maré mal trouxe, já levou. Se tudo acaba e foi bom o que ficou.
Aumenta o som, aumenta mais uma vez e vem ver o sol nascer.
Me largo pela estrada e vago até me encontrar.
Às vezes, de repente, sol que foi poente volta a brilhar.
Um pouco de silêncio em meio ao movimento que vem e vai como as ondas do mar.
Sempre abre alguma porta quando outra fechou. Tem anjo que é salvador.
Que diz ser sempre um novo início, quando chega o amanhecer.
Já não demora, o galo já cantou. Ainda grita iludido, sonhador.
Pra quê chorar ao se despedir ? Meu bem, sempre vem o amanhecer.
Me largo pela estrada e vago até me encontrar.
Às vezes, de repente, sol que foi poente volta a brilhar.
Um pouco de silêncio em meio ao movimento que vem e vai como as ondas do mar.
As ondas do mar....
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "Sou Mais Feliz"
Pedra - Faixa a Faixa - Curiosidades - "Sou Mais Feliz"
Olá, amigos !
Estamos reativando as atividades no "Letras Miúdas" e além de notícias novas, que em breve pipocarão por aqui, inauguramos os posts de curiosidades de cada faixa dos discos. São breves comentários sobre cada uma das músicas, sejam sobre a composição, gravação ou inspiração.
Para quem quer um pouco mais.
A primeira faixa é "Sou Mais Feliz", que abre nosso disco de estréia Pedra (2006).
Sou mais feliz foi feita praticamente em uma semana ou pouco mais. Era um Riff inicial que me remetia a Sá e Guarabyra e uma parte b usada no refrão com um certo toque de Soul Music e R&B do começo dos anos 60 que me remetia diretamente ao estilo de Carole King e Carly Simon.
Um detalhe curioso é que o trecho da letra que, exemplificando a solidão no relacionamento diz:
"Venho me acompanhando há mais de um ano e estou sempre comigo mesmo, da hora em que acordo até a hora em que consigo dormir"
Esse trecho foi inspirado numa resposta da Elis Regina em uma entrevista onde o jornalista perguntava em quê a vida dela influenciava diretamente seu novo album e essa havia sido a resposta dela, apenas acrescentei o termo "consigo" para criar uma tensão a mais.
Outra curiosidade é que a música originalmente começava com a segunda estrofe e perto de gravarmos percebi que faria muito mais sentido invertermos a primeira e a segunda estrofe.
Sou Mais Feliz ( Zupo )
Se já disse tudo o que tinha a dizer,
esse papo já não dá mais pé, pra nós.
O amanhã se pode escrever diferente,
se sou eu que traço a linha do que me faz bem.
Mas já não quero mais, teu amor já não me satisfaz.
Quem sabe sou mais feliz? Quem sabe sou mais....
Mas venho me acompanhando há mais de um ano e tô sempre comigo mesmo,
da hora que acordo, até a hora em que consigo dormir.
Então, se disse tudo o que tinha a dizer.
Esta noite eu tenho planos, e já não incluem você.
Mas já não quero mais, teu amor já não me satisfaz.
Quem sabe sou mais feliz.Quem sabe sou mais....
Amigos que já nem temos mais, pelas portas que trancamos costuram a nossa solidão.
Mas já não quero mais, teu amor já não me satisfaz.
Quem sabe sou mais feliz? Quem sabe sou mais....
Olá, amigos !
Estamos reativando as atividades no "Letras Miúdas" e além de notícias novas, que em breve pipocarão por aqui, inauguramos os posts de curiosidades de cada faixa dos discos. São breves comentários sobre cada uma das músicas, sejam sobre a composição, gravação ou inspiração.
Para quem quer um pouco mais.
A primeira faixa é "Sou Mais Feliz", que abre nosso disco de estréia Pedra (2006).
Sou mais feliz foi feita praticamente em uma semana ou pouco mais. Era um Riff inicial que me remetia a Sá e Guarabyra e uma parte b usada no refrão com um certo toque de Soul Music e R&B do começo dos anos 60 que me remetia diretamente ao estilo de Carole King e Carly Simon.
Um detalhe curioso é que o trecho da letra que, exemplificando a solidão no relacionamento diz:
"Venho me acompanhando há mais de um ano e estou sempre comigo mesmo, da hora em que acordo até a hora em que consigo dormir"
Esse trecho foi inspirado numa resposta da Elis Regina em uma entrevista onde o jornalista perguntava em quê a vida dela influenciava diretamente seu novo album e essa havia sido a resposta dela, apenas acrescentei o termo "consigo" para criar uma tensão a mais.
Outra curiosidade é que a música originalmente começava com a segunda estrofe e perto de gravarmos percebi que faria muito mais sentido invertermos a primeira e a segunda estrofe.
Sou Mais Feliz ( Zupo )
Se já disse tudo o que tinha a dizer,
esse papo já não dá mais pé, pra nós.
O amanhã se pode escrever diferente,
se sou eu que traço a linha do que me faz bem.
Mas já não quero mais, teu amor já não me satisfaz.
Quem sabe sou mais feliz? Quem sabe sou mais....
Mas venho me acompanhando há mais de um ano e tô sempre comigo mesmo,
da hora que acordo, até a hora em que consigo dormir.
Então, se disse tudo o que tinha a dizer.
Esta noite eu tenho planos, e já não incluem você.
Mas já não quero mais, teu amor já não me satisfaz.
Quem sabe sou mais feliz.Quem sabe sou mais....
Amigos que já nem temos mais, pelas portas que trancamos costuram a nossa solidão.
Mas já não quero mais, teu amor já não me satisfaz.
Quem sabe sou mais feliz? Quem sabe sou mais....
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